Aos 27 anos, Jade Sassará se define como uma atriz atenta, preparada e com muita vontade de aprender, crescer e expandir. Multiartista, além da carreira nas artes cênicas, ela também é produtora musical, baterista e costuma dizer que já fez de pouco um tudo, até cerâmica.
Típica carioca dos anos 90, ela já morou em São Paulo, em Nova York e na Europa. “Acho que em todos esses lugares eu fui encontrando fragmentos de Jade Sassará, mas sigo um mistério para mim mesma”, comenta ela, que estampa o editorial “O poder do coletivo” da edição de agosto da Caderno de Moda. “Vou me descobrindo a cada dia. Como digo no meu Instagram: ‘Sou muitas e sigo descobrindo’.”
Prestes a estrear nas telinhas da TV Globo, no papel de Aleluia em “Mar do Sertão”, próxima novela das 18h da emissora, Jade acredita que a melhor parte de ser atriz é estar e criar coletivamente. “É difícil falar sobre atuar, porque é algo que me dá uma vida que não sei dizer da onde vem, mas é um tesão por estar viva, desenvolvendo e pesquisando. Eu sou muito feliz nesse processo, tenho trocas incríveis, profundas e avassaladoras”, conta ela, uma libriana que se considera intensa.
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Jade confessa que gostaria que as pessoas a enxergassem, antes de tudo, como a artista e criadora. “Em qualquer uma das minhas profissões, acaba que ser uma pessoa trans chega antes de todas as outras coisas que eu sou. Queria que meu brilho chegasse antes do que qualquer outra coisa que me defina. Meu brilho é a vontade de estar viva, de continuar construindo, de fazer laços e aproveitar ao máximo tudo que a vida tem para oferecer, estando integralmente presente. Enfim, meu brilho é sobre as coisas simples de estar viva”.