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Conheça Rafaela Sayuri, estilista brasileira que confronta o mercado machista do skate

Aos 26 anos, jovem designer autodidata do interior de São Paulo tem uma carreira sólida no vestuário para skatistas e acaba de lançar nova etiqueta focada no streetwear Falar de machismo no esporte é quase pleonasmo. Analisando historicamente, é fácil perceber que mulheres nunca foram incentivadas a participar ativamente deste universo, e, mesmo quando são bem-sucedidas, têm suas trajetórias invisibilizadas por homens. Aos poucos, porém, a nova geração de atletas ajuda a transformar esse cenário, e nomes como Karen Jonz e Raíssa Leal inspiram milhares de jovens garotas. Do outro lado, no mercado da moda, alguns nomes também têm contribuído na transformação de narrativas. Dentre eles, o da designer Rafaela Sayuri.
Say Ur
Amanda Adász

Hoje com 26 anos, a jovem paulistana com ancestralidade japonesa veio de um contexto social que não colaborava para que ela pudesse sonhar. “Nasci em uma cidade do interior, de beira de estrada. Trabalhar com moda é como sonhar em ser astronauta na infância. Ainda mais no Brasil, e vindo da onde eu vim”, comenta. Co-fundadora da marca CLASS, uma das maiores etiquetas do streetwear no Brasil, Rafaela — que estudou tecnicamente design de moda— fundou recentemente a Say Ur, uma marca paralela com um olhar mais voltado ao que se entende como vestuário feminino. Apesar da CLASS ser conhecida como um nome conectado ao skate, a nova label não se restringe ao esportivo.
“Meus interesses pela cultura urbana, subversiva e pop vem desde que me lembro por gente, talvez como uma antítese da minha criação e de onde eu vim. O skate entrou como um gosto pessoal, não ando, mas me interesso na cena e acabei conhecendo o Eric nesse meio”
Eric Cesar, companheiro de Rafaela e co-fundador da CLASS, é skatista e batalhou para integrar o circuito profissional. Porém, após uma fratura, o sonho precisou ser interrompido. A alternativa para continuar se conectando com o universo do esporte foi migrar o desejo para outro lugar.
“Procuramos meios para começar por fabricantes e marcas privadas, mas nada casava com a nossa proposta de fazer peças ímpares, com tecidos, texturas e modelagens diferentes. Compramos uma máquina reta, que não era apropriada para esse tipo de confecção, mas fizemos acontecer. Eric aprendeu a costurar, eu fui aprendendo a cortar, dar acabamento. Improvisamos em muitos meios para conseguir chegar num produto final. Daí, fomos nos nos aperfeiçoando em branding, design e conceito de marca”
Para além de ser mulher e ocupar espaços dissidentes, a descendência de Rafaela também foi um obstáculo difícil na trajetória. Os estereótipos de que asiáticos são extremamente calculistas e técnicos, fez com que a criatividade dela fosse colocada à prova. O fato de ter um relacionamento com seu sócio também compactuou nos preconceitos. “No começo, tive dificuldades por ser mulher e sócia, até achar meu lugar e todo mundo entender que eu não era só a namorada que ajudava. Achavam que por ser eu ser asiática eu era boa apenas em contas, só tocando os números da empresa”, revela.
Rafaela Sayuri e Eric Cesar
Reprodução/Instagram
O primeiro drop da Say Ur, “Good Girl Gone Bad”, traz fibras naturais, sintéticas e tecnológicas, que foram combinadas com o design utilitário de artigos tradicionais. A coleção também se inspira em referências de animes que marcaram a infância da estilista, como Sailor Moon e Sakura Card Captors. As produções audiovisuais foram responsáveis por trazer as primeiras identificações de Rafaela com a cultura asiática. Anos depois, ela descobriu que os figurinos dos animes eram adaptações de peças de grandes maisons, como Dior, Mugler, Versace e Saint Laurent. Ali, os dois universos – moda e cultura lúdica – se conectaram.
“Ainda é tudo bem recente, mas introduzir a marca no mercado é o principal objetivo no momento. Entregar peças de qualidade e despertar emoção”
Lookbook da coleção “Good Girl Gone Bad”
Reprodução/Instagram
Para jovens que sonham em empreender no mercado fashion, a estilista acredita que o melhor caminho é transformar as experiências ruins em combustível de transformação. “Existe uma barreira e uma certa resistência para nós mulheres, isso é real, em qualquer mercado de trabalho. O que ajudou na minha experiência foi romper essa barreira mental no meu consciente e ocupar os lugares que eu sei que devo ocupar. Isso faz com que a gente reverta situações desagradáveis ao nosso favor”, finaliza.

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