Comer bem é comer com consciência e conhecimento. Por isso que os nutricionistas estão ganhando cada vez mais protagonismo quando o assunto é viver mais e melhor, já que eles falam da influência dos alimentos na saúde. Hoje, os avanços da ciência da nutrição permitem que esses profissionais investiguem como os nutrientes atuam no nosso organismo – da planta da pés, passando pelo fios de cabelo, e até na mente – para que a gente possa garantir uma vida longeva e saudável. Para celebrar o dia do nutricionista, Caderno de Moda fez uma seleção de dicas e informações relevantes sobre nutrição assinadas por eles.
“Existem várias estratégias para perda de peso, inclusive a dieta com restrição total de carboidratos. No entanto, ainda que se escolha esse tratamento, ele deve ser temporário. O carboidrato, quando bem escolhido, gera energia e evita que a massa muscular seja queimada, além da gordura. O carboidrato refinado, ou mesmo o excesso do bom carboidrato levam ao fracasso da dieta. Entretanto, não consumir carboidrato algum também pode promover um efeito rebote e fazer com que a pessoa depois compense a ingestão, recuperando e até ganhando mais gordurinhas”, explica a nutricionista funcional Flavia Cyfer.
“Ao contrário do que muitos pensam, o chocolate rico em cacau 70% e sem açúcar pode ser um ótimo aliado à nossa saúde física e emocional, porque ele promove o aumento da serotonina, o hormônio responsável pelo prazer e bem-estar, é rico em magnésio, que tem uma função de relaxante muscular, e ajuda na ansiedade e no estresse porque modula o cortisol, que é conhecido como o hormônio do estresse”, conta a nutricionista funcional Luanna Caramalac. No entanto, a profissional recomenda maneirar na quantidade.
O chá amado dos japoneses, que pode ser traduzido para o português como “chá moído”, é uma bebida feita a partir das folhas trituradas do chá-verde. Nutricionistas explicam que o matchá possui uma quantidade maior de nutrientes. O efeito saudável deste ingrediente também se deve às “substâncias vegetais secundárias”, como catequinas, polifenóis, taninos e epigalocatequina-galato (EGCG). Juntas, elas têm efeitos anti-inflamatórios, antibacterianos e antioxidantes.
Brócolis, couve, espinafre e rúcula estão na lista dos vegetais com cor verde escuro que podem ser excelentes aliados para um boost na imunidade. “Eles auxiliam na modulação do aumento da imunidade e são benéficos para a saúde do intestino, onde encontramos mais de 80% das células do sistema imunológico. Portanto, quanto mais equilibrado e saudável o intestino, mais fortalecida está nossa imunidade”, diz a nutricionista Luannna Caramalac.
O gengibre possui capacidade anti-inflamatória, antioxidante, anticancerígena e cardioprotetora. “Potente anti-inflamatório, o gengibre é bem-vindo tanto para a termogêneses quanto para a imunidade, e pode ser misturado à cúrcuma para um shot matinal poderoso”, ensina a nutricionista Luannna Caramalac.
Excelente fonte de vitaminas do complexo B, a raiz é rica em carboidratos de baixo índice glicêmico, o que o torna uma ótima opção para dar energia durante exercícios físicos. De acordo com nutricionistas, o tubérculo pode ser consumido de diferentes formas: em uma vitamina no café da manhã, no lanche da tarde para uma refeição poderosa ou como purê nas principais refeições, como almoço e jantar.
A camomila, a raiz valeriana, lavanda, erva-cidreira (ou melissa), erva doce e a passiflora estão entre os ingredientes mais populares com benefícios calmantes, explica a nutricionista especialista em nutrição funcional integrativa, Luanna Munaro: “O chá de camomila é usado tradicionalmente como remédio natural para reduzir inflamação e a ansiedade, além de ser considerado um tranquilizante leve que ajuda na indução do sono. Já a raiz valeriana é uma erva com efeito relaxante poderoso e muito utilizada pela medicina chinesa e pela ayurveda. Outra planta com essas propriedades é a passiflora, que é a folha do maracujá. Ela melhora a qualidade do sono e também possui um baixo índice glicêmico, o que é um benefício importante para quem possui doenças como a diabetes”. Ela alerta, no entanto, que é necessário entender a causa da insônia ou o sono sem qualidade para buscar um tratamento mais personalizado.
A maior diferença da dieta ocidental com a dos japoneses é que, no Japão, eles consomem pouca quantidade de carne vermelha, leite ou laticínios, dando prioridade para peixes e frutos do mar. E estes normalmente são cozidos no vapor ou servidos crus. Isso significa que muito menos nutrientes são perdidos do que se fossem fritos, refogados ou cozidos na água. Eles consomem significativamente menos ácidos graxos saturados em geral e muitos ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 saudáveis, EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosahexaenoico).
O sódio encontrado no sal de cozinha aumenta a pressão arterial, mesmo se você seguir uma dieta saudável. A melhor alternativa, segundo nutricionistas, é utilizar muito pouco ou nada de sal nas preparações, evitar refeições prontas e produtos congelados, queijos e embutidos – que concentram grande quantidade de sódio – e investir mais em temperos secos ou frescos. Eles fazem o papel de conferir mais sabor às refeições, deixando-a mais prazerosa de comer mesmo sem sal, e sem todos os malefícios do sódio.
“Essa erva é um potente diurético, reconhecido na ciência há tempos. A salsinha possui dentre outros compostos, a apigenina e cumarina, dois antioxidantes com ação importante na eliminação de líquidos. Ferva 300ml de água e desligue o fogo. Em seguida, adicione 2 colheres de sopa da salsinha fresca e deixe em infusão por 5 minutos. Coe e beba!”, sugere a nutricionista a nutricionista Flavia Cyfer.