Por trás da majestosa floresta do Inhotim, o festival prova que a música é mais uma obra de arte tão valiosa a ponto de integrar o maior museu a céu aberto do mundo A arte e a música fazem o ser humano fugir de seus problemas, entrarem mais em contato com sua essência, e serem ferramentas poderosas de expressão há milhares de anos. Mas o nível de imersão proporcionado pelo Inhotim, o maior museu a céu aberto do mundo, que recebeu o festival MECA durante os dias 13, 14, e 15 de agosto, provam isso em níveis praticamente palpáveis.
MECAInhotim 2022
Danilo Silva
Como, você pergunta? Bom, você já imaginou passar três dias seguidos em um espaço verde de 140 hectares, com a possibilidade de visitar obras e galerias (inclusive, com experiências interativas fantásticas) de grandes nomes da arte nacional, assistir painéis sobre temas que vão desde saúde, afetos, e indo até o mundo da internet, participar de experiências de dança ou de uma tour pelas 4,3 mil espécies botânicas raras presentes nos jardins do museu… e além de tudo isso, desfrutar de uma pista de dança que fervia do final da tarde até a noite com gêneros que vão desde o brega até o house, para te aquecer ao se preparar para assistir alguns dos maiores nomes da música brasileira? Se a sua resposta foi “não”, nós estamos juntos nessa.
MECAInhotim 2022
Danilo Silva
Não é exagero dizer que, no primeiro dia do festival, acostumada com festivais megalomaníacos, fiquei em choque ao me deparar com o público sentado durante o pôr-do-sol de uma sexta-feira, vivendo de corpo e alma o show da incrível Fernanda Takai. Mais do que isso, até o próprio palco me surpreendeu. Não se tratava de um monstro e, sim, de um palco de tamanho modesto bem perto do público. Olhei para meus colegas e questionei: “É sério que nós vamos ver o Caetano Veloso nessa proximidade?” Era como se, até detalhes de estrutura, como também, luzes coloridas que se espalhavam nos reflexos das árvores e do lago, ajudassem na experiência imersiva do evento que, desde 2016, promete (e cumpre) a promessa de ser “o menor maior festival do mundo”.
Fernanda Takai
Dynelle Coelho
O decorrer da noite de sexta-feira já trazia um spoiler sobre um dos destaques do festival: a habilidade de construir um line-up coeso contendo, exclusivamente, artistas diversos e com shows praticamente impecáveis. Uma palavra díficil de ser usada, mas, neste caso, apropriada. Em cima dos palcos, outro ponto que emocionou foi o encontro entre a nova geração da música brasileira como Majur, Rachel Reis e Bala Desejo, e alguns dos nomes mais consagrados que já tivemos em sua história.
Bala Desejo
Danilo Silva
Um dos destaques vai para Larissa Luz. A baiana contagiou todo o Inhotim com um show completo: figurinos, coreografia contagiante, momentos de coro e de canções solo ou ao lado de sua talentosa guitarrista, além de um carisma avassalador. Entre os conhecidos, não houve uma pessoa que não elegeu a apresentação como uma das (ou, senão, a melhor) do festival. Fica a valiosa dica para os outros eventos de música prestarem mais atenção na artista para suas próximas edições.
Larissa Luz
Danilo Silva
Quem foi ao evento com as expectativas lá em cima para testemunhar Caetano Veloso e Alceu Valença, dois ícones da música brasileira, não se decepcionou. Na verdade, fala sério: isso seria impossível de se acontecer. A conclusão chega com certeza após os shows que, sem dúvidas, entraram na lista de melhores apresentações que já foram na vida de muita gente que ali estava. Entre cantos celebrando os recém-formados 80 anos de Caetano, o artista emocionou ao cantar músicas de seu mais recente trabalho, o disco “Meu Coco”, de 2021, e alguns de seus maiores sucessos, como “Sozinho” e “Leãozinho”.
Caetano Veloso
Dynelle Coelho
Alceu Valença se apresentou em uma tarde de um domingo azul, como já profetizava o clássico “Belle du jour”. Com uma animação contagiante que incluia danças, falas sobre sua carreira que duraram, pelo menos, alguns minutos, e até coreografias da plateia que simulavam ondas, entrando no espírito das canções solares do artista, não havia maneira melhor de encerrar a edição de 2022 do MECA.
Alceu Valença
Danilo SIlva / Dynelle Coelho
A arte além dos palcos
Além da música, a inegável protagonista do MECA, suas atrações além dos palcos não decepcionaram nem um pouco. Pela manhã, era possível conferir na Igrejinha do Inhotim, paineis pra lá de interessantes apresentados em grande estilo por grandes nomes do meio como Marcela Ceribelli, Giovanna Heliodoro, e João Luiz Pedrosa.
Igrejinha do Inhotim
Instagram @mecalovemeca
Se você queria um intervalo dos papos cabeçudos dos paineis, uma ótima opção de atividade era escolher uma das experiências oferecidas pelo festival localizada em galerias por Inhotim. A exploração do corpo através da dança, criação de mandalas, terapia vibracional feita através do som, um “massageaço”, e até uma tour pelas plantas dos museu eram algumas oficinas transformadoras disponíveis para o público.
Initial plugin text
Por fim, mas definitivamente não menos importante, o público do MECA tinha acesso ao impressionante acervo do Inhotim e suas incontáveis galerias e obras de arte. Desbravar os cantos do museu foi uma opção ansiosamente escolhida por muitos atendentes do festival, que enchiam os olhos, a mente e o coração com arte da manhã, até o cair da noite.
Initial plugin text
Uma coisa é certa: é impossível retornar da mesma forma que você era antes de comparecer ao MECAInhotim. Uma experiência para se mergulhar de corpo e alma de forma serena e colorida. Tudo isso, enquanto preservamos e valorizamos a arte brasileira em suas diversas formas. Em tempos em que forças obscuras nos obrigam a tentar não se encantar, são projetos como esse que mostram que a magia da cultura nacional está mais viva do que nunca.
MECAInhotim 2022
Danilo Silva
Como, você pergunta? Bom, você já imaginou passar três dias seguidos em um espaço verde de 140 hectares, com a possibilidade de visitar obras e galerias (inclusive, com experiências interativas fantásticas) de grandes nomes da arte nacional, assistir painéis sobre temas que vão desde saúde, afetos, e indo até o mundo da internet, participar de experiências de dança ou de uma tour pelas 4,3 mil espécies botânicas raras presentes nos jardins do museu… e além de tudo isso, desfrutar de uma pista de dança que fervia do final da tarde até a noite com gêneros que vão desde o brega até o house, para te aquecer ao se preparar para assistir alguns dos maiores nomes da música brasileira? Se a sua resposta foi “não”, nós estamos juntos nessa.
MECAInhotim 2022
Danilo Silva
Não é exagero dizer que, no primeiro dia do festival, acostumada com festivais megalomaníacos, fiquei em choque ao me deparar com o público sentado durante o pôr-do-sol de uma sexta-feira, vivendo de corpo e alma o show da incrível Fernanda Takai. Mais do que isso, até o próprio palco me surpreendeu. Não se tratava de um monstro e, sim, de um palco de tamanho modesto bem perto do público. Olhei para meus colegas e questionei: “É sério que nós vamos ver o Caetano Veloso nessa proximidade?” Era como se, até detalhes de estrutura, como também, luzes coloridas que se espalhavam nos reflexos das árvores e do lago, ajudassem na experiência imersiva do evento que, desde 2016, promete (e cumpre) a promessa de ser “o menor maior festival do mundo”.
Fernanda Takai
Dynelle Coelho
O decorrer da noite de sexta-feira já trazia um spoiler sobre um dos destaques do festival: a habilidade de construir um line-up coeso contendo, exclusivamente, artistas diversos e com shows praticamente impecáveis. Uma palavra díficil de ser usada, mas, neste caso, apropriada. Em cima dos palcos, outro ponto que emocionou foi o encontro entre a nova geração da música brasileira como Majur, Rachel Reis e Bala Desejo, e alguns dos nomes mais consagrados que já tivemos em sua história.
Bala Desejo
Danilo Silva
Um dos destaques vai para Larissa Luz. A baiana contagiou todo o Inhotim com um show completo: figurinos, coreografia contagiante, momentos de coro e de canções solo ou ao lado de sua talentosa guitarrista, além de um carisma avassalador. Entre os conhecidos, não houve uma pessoa que não elegeu a apresentação como uma das (ou, senão, a melhor) do festival. Fica a valiosa dica para os outros eventos de música prestarem mais atenção na artista para suas próximas edições.
Larissa Luz
Danilo Silva
Quem foi ao evento com as expectativas lá em cima para testemunhar Caetano Veloso e Alceu Valença, dois ícones da música brasileira, não se decepcionou. Na verdade, fala sério: isso seria impossível de se acontecer. A conclusão chega com certeza após os shows que, sem dúvidas, entraram na lista de melhores apresentações que já foram na vida de muita gente que ali estava. Entre cantos celebrando os recém-formados 80 anos de Caetano, o artista emocionou ao cantar músicas de seu mais recente trabalho, o disco “Meu Coco”, de 2021, e alguns de seus maiores sucessos, como “Sozinho” e “Leãozinho”.
Caetano Veloso
Dynelle Coelho
Alceu Valença se apresentou em uma tarde de um domingo azul, como já profetizava o clássico “Belle du jour”. Com uma animação contagiante que incluia danças, falas sobre sua carreira que duraram, pelo menos, alguns minutos, e até coreografias da plateia que simulavam ondas, entrando no espírito das canções solares do artista, não havia maneira melhor de encerrar a edição de 2022 do MECA.
Alceu Valença
Danilo SIlva / Dynelle Coelho
A arte além dos palcos
Além da música, a inegável protagonista do MECA, suas atrações além dos palcos não decepcionaram nem um pouco. Pela manhã, era possível conferir na Igrejinha do Inhotim, paineis pra lá de interessantes apresentados em grande estilo por grandes nomes do meio como Marcela Ceribelli, Giovanna Heliodoro, e João Luiz Pedrosa.
Igrejinha do Inhotim
Instagram @mecalovemeca
Se você queria um intervalo dos papos cabeçudos dos paineis, uma ótima opção de atividade era escolher uma das experiências oferecidas pelo festival localizada em galerias por Inhotim. A exploração do corpo através da dança, criação de mandalas, terapia vibracional feita através do som, um “massageaço”, e até uma tour pelas plantas dos museu eram algumas oficinas transformadoras disponíveis para o público.
Initial plugin text
Por fim, mas definitivamente não menos importante, o público do MECA tinha acesso ao impressionante acervo do Inhotim e suas incontáveis galerias e obras de arte. Desbravar os cantos do museu foi uma opção ansiosamente escolhida por muitos atendentes do festival, que enchiam os olhos, a mente e o coração com arte da manhã, até o cair da noite.
Initial plugin text
Uma coisa é certa: é impossível retornar da mesma forma que você era antes de comparecer ao MECAInhotim. Uma experiência para se mergulhar de corpo e alma de forma serena e colorida. Tudo isso, enquanto preservamos e valorizamos a arte brasileira em suas diversas formas. Em tempos em que forças obscuras nos obrigam a tentar não se encantar, são projetos como esse que mostram que a magia da cultura nacional está mais viva do que nunca.