O mundo da maquiagem, especialmente no TikTok, é um espaço onde a diversidade de tons de pele é celebrada e discutida de forma aberta. No entanto, a marca de cosméticos estadunidense Youthforia encontrou-se no centro de uma polêmica recente após o lançamento de sua nova base “preta”.
Amantes de maquiagem e influenciadores, incluindo a renomada Golloria George, conhecida por testar uma variedade de tons de base, foram rápidos em destacar as falhas do novo produto. Ao comparar a base com uma tinta preta em um vídeo no TikTok, Golloria demonstrou a falta de subtons e construção de cor na fórmula da Youthforia.
A falta de consideração pelos subtons e a composição simplista da base foram amplamente criticadas. Tássio Santos, maquiador e jornalista de beleza, apontou que a base consistia apenas em pigmento preto, sem a complexidade necessária para se adequar a uma variedade de tons de pele. Em suas redes sociais, Santos destacou a ironia de uma base “preta” que, na verdade, carecia de profundidade e dimensão.
O termo “diversidade falsificada” foi utilizado por Santos ao fazer referência ao próprio livro, “Tem Minha Cor?”, que aborda o racismo cosmético. Ele também levantou preocupações sobre a representação enganosa do produto, comparando as fotos promocionais da marca com a experiência real da influenciadora testando a base.
Enquanto a Youthforia se comprometeu a ampliar sua cartela de cores em resposta às críticas anteriores, o lançamento da base “preta” gerou indignação entre os consumidores. O produto, vendido por 48 dólares no site da marca, continua a levantar questões sobre inclusão e autenticidade no mercado de cosméticos.
A controvérsia em torno da base “preta” da Youthforia destaca a importância de considerar cuidadosamente a diversidade de tons de pele ao desenvolver produtos de maquiagem e respeitar as necessidades da comunidade de beleza global.