A marca de slow fashion Psicotrópica traduz a beleza e liberdade que habitam em meio aos transtornos mentais humanos através de estampas elaboradas manualmente por pacientes-artistas da Rede de Saúde Mental, com quem desenvolveu o projeto Surto Criativo.
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O universo psíquico sempre foi o fio condutor das criações da etiqueta da estilista Raiana Pires, criada em 2015, em Florianópolis, por causa de sua formação como assistente social e experiência no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Para a nova coleção “Grão do Pará”, que será lançada nesta terça-feira (25), Raiana convidou a artista paraense Patrícia Ruth para estampar camisas, quimonos, vestido longo e chemise com suas casinhas típicas da paisagem do Pará e boneca indígena que traduz a sua ancestralidade e vivência em Belém.
Patrícia, de 69 anos, passou a maior parte de sua vida, onde foi internada compulsoriamente, na Colônia Juliano Moreira, um dos maiores manicômios do país e o último em funcionamento, que foi fechado este mês, no Rio de Janeiro.
“Além da vivacidade das cores e pinturas das obras/estampas, a coleção apresenta uma história de vida de superação. A Psicotrópica vai a fundo e desbrava a beleza do universo da saúde mental nessa collab, proporcionando uma viagem pelas belezas, paisagens e cultura paraense”, conta Raiana.
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Hoje, Patrícia tem sua casa, é artista integrante do Ateliê Gaia, localizado no Museu Bispo do Rosário, e participou de diversas exposições em grandes instituições de arte do País.