Depois do pedido de casamento em dezembro de 2020 inspirado na série “Friends”, a jornalista Mari Palma subiu ao altar com Phelipe Siani no último fim de semana, no espaço Serra dos Cocais, em Itatiba, no interior de São Paulo. A pré-festa na sexta-feira reuniu pouco mais de 200 convidados e a cerimônia e festa, no sábado, cerca de 600.
Mari elegeu um look assinado por Helen Salles e quebrou regras de estilo ao trocar o salto pelo tênis dourado Vans, seu calçado queridinho. “Nunca foi meu sonho ter um casamento tradicional. Eu nunca me imaginei num vestido de noiva, então eu coloquei na minha cabeça desde o começo que queria algo diferente”, comenta à Caderno de Moda. “Nunca pensei que me sentiria tão Mari em uma roupa de noiva”, acrescenta ela, que usou uma saia longa com um cropped bordado. “Foi uma combinação perfeita que me deixou segura para viver o melhor dia da minha vida. Era eu ali, na minha melhor versão, para curtir com toda minha família e amigos.”
Um dos momentos mais marcantes do casamento foi a homenagem que Mari fez ao pai, Luiz Palma, que morreu em 2021 vítima de câncer. Seu sobrinho de cinco aninhos, Dom, caminhou com ela segurando uma placa com o escrito “o vovô me deu essa missão”. Ao lado dele e dos dois irmãos mais velhos, Luiz Palma Junior e Leonardo Palma, ela soltou uma bexiga com o nome do pai.
Abaixo, a jornalista faz um lindo relato sobre o episódio tão especial no seu grande dia.
“Eu queria que meu pai participasse do casamento de alguma maneira, apesar de saber que ele estava lá. Afinal, o dia lindo que ganhamos de presente, na minha cabeça, não foi coincidência: foi um presente dele. Fiquei imaginando várias formas de como colocá-lo na cerimônia de um jeito bonito. Quando me imaginei entrando, obviamente a minha ideia era fazer esse caminho com ele. Pensei: Como vou fazer isso de um jeito que eu sei que ele ficaria feliz?
Meu sobrinho Dom, de cinco anos, tem um jeitinho muito parecido com o do meu pai, muito carinhoso, especial, sensível. Uma prima sugeriu que a gente entrasse junto e isso ficou na minha cabeça. Com o tempo, fomos conversando, perguntava se ele iria comigo, e ele sempre dizia que sim. Por incrivel que pareça, Dom me deu muita força no dia. Ficamos esperando a nossa hora e ele segurava a minha mão forte e falava do vovô de um jeito muito bonito. Ele segurou a plaquinha com tanto orgulho na mão.
Meu irmão tem uma tradição com os filhos em que todo aniversário do meu pai eles soltam bexigas para cima e quis trazer isso para o casamento. Queria que meus dois irmãos mais velhos estivessem esperando por mim e que cada um tivesse uma bexiga para soltar. Esse foi o momento mais emocionante da cerimônia, foi o momento que senti meu pai ali e acho que todo mundo sentiu também. Ao mesmo tempo que estava muito emocionada, estava muito feliz e segura. É dificil explicar, mas a presença dele ali estava muito forte.
Teve um segundo momento, durante a celebração, em que nossos amigos que estavam celebrando fizeram meu irmão mais velho, que tem o mesmo nome do meu pai, falar mais uma vez tudo que meu pai falou para o Phelipe quando ele me pediu em casamento, porque a gente gravou isso e meu irmão repetiu exatamente as falas do meu pai.
Não sabia que isso iria acontecer e fiquei muito feliz. Foi lindo ver aquilo, porque tenho certeza que tudo isso, e toda a energia que estava lá, deixou meu pai muito feliz. Tenho certeza que ele estava lá, eu senti. Foi muito muito especial, muito bonito. A energia inteira da festa foi sensacional, nunca vi um lugar com tanta gente feliz.”