No ar como a destemida dublê Pat, de Cara e Coragem, prestes a lançar uma coleção de moda com uma loja de departamento e rainha de bateria da Grande Rio no carnaval carioca, Paolla Oliveira colhe os frutos de uma carreira profissional bem pensada e vivida. Aos 40 anos, completados em abril, garante estar realizada e de bem consigo.
“Me sinto muito bem fisicamente e profissionalmente, me sinto feliz. Pra que essa ideia fixa de crise dos 40? A maturidade traz um frescor até para o que não vai bem”, avalia ela. “Nada é perfeito, nunca será, entender essa premissa nos faz ter atitude para as coisas que a gente pode e deve mudar na vida”, explica a atriz.
- Paolla Oliveia surge poderosa para festa na Grande Rio: ‘Vem rainha’
- Paolla Oliveira diz que sofre pressão para ser mãe
- Paolla Oliveira compartilha série de fotos de biquíni e recebe chuva de elogios
Na vida pessoal, Paolla também celebra o encontro com Diogo Nogueira, com quem está namorando há pouco mais de um ano. Um dos casais mais queridos da atualidade, os dois ganharam a simpatia de todo o Brasil. Juntos, tentam driblar a superexposição e notícias falsas. “Enquanto houver quem consuma essa mídia mais sensacionalista, elas existirão. É um tanto complexo”, analisa a atriz.
Em um bate-papo com Caderno de Moda, Paolla fala sobre os persongens que sonha fazer, pressão estética e sua relação com a moda. A seguir, a entrevista completa:
MARIE CLAIRE: Como você se sente aos 40, com relação a expectativas e realizações?
PAOLLA OLIVEIRA: Me sinto muito bem fisicamente e profissionalmente, me sinto feliz. Pra que essa ideia fixa de crise dos 40? A maturidade traz um frescor até para o que não vai bem. Nada é perfeito, nunca será, entender essa premissa nos faz ter atitude para as coisas que a gente pode e deve mudar na vida. A idade, por exemplo, não é uma opção, passar pela vida mais segura, com menos pressão e mais feliz, é!
MC: Ser uma pessoa pública é um desafio, mas namorar outra grande figura pública deve dobrar esse desafio. Vocês conversam sobre exposição, fama, o que postar, o que esconder? Esses dias, saiu até que você desmentiu um rumor de casamento secreto. Como vocês filtram essas histórias, rumores?
PO: Enquanto houver quem consuma essa mídia mais sensacionalista, elas existirão. É um tanto complexo. No caso, não foi um casamento que desmenti. Eu [só] postei uma foto que adorei com o Diogo e aproveitei para fazer uma reflexão sobre aqueles que pautam a vida alheia em função do que veem nas redes sociais. Às vezes posto fotos sem maquiagem, ou sem produção, porque gosto que as pessoas percebam essa naturalidade. Não estou o tempo todo produzida. Nas minhas redes sociais busco minha verdade dentro do que permito dividir do meu cotidiano. O mistério faz parte dessa magia. Tem que ter um mistério, por menor que seja, até nas redes sociais.
MC: Os filtros nas redes sociais viralizam uma nova forma da gente se mostrar na internet e aumentou a pressão estética em cima das pessoas. Trabalhando a vida toda com sua imagem, como você lida com o espelho e as mudanças do amadurecimento?
PO: Não julgo os filtros, nem os procedimentos ou qualquer coisa que uma pessoa possa fazer para se sentir bem, mais bonita. Afinal, o que realmente importa é o bem estar pessoal e estar bem consigo mesma é fundamental. Não vivo em função deles, mas tem dias que um filtro resolve um rosto cansado pela rotina.
MC: Curte procedimentos? Qual o seu limite?
PO: O limite dos procedimentos é muito particular. Cada um vai encontrar sua medida. Inclusive, acho que essa questão não precisa estar em pauta num papo com mulheres. De uma certa forma, estamos falando sobre a liberdade de escolhas em função do bem estar pessoal de cada um, mas automaticamente caímos numa pressão que isso exerce sobre a mulher.
- Paolla Oliveira e Marcelo Serrado encaram desafio durante intervalo de gravação
- Paolla Oliveira se diverte com companhia canina: ‘Não mexe comigo, não ando só’
- Paolla Oliveira lembra fotos com Diogo Nogueira em Noronha: ‘TBT cheio de saudade’
MC: Você tá vivendo mais uma protagonista, desta vez uma dublê. Tem algo que você aprendeu com a Pat que mudou a vida da Paolla?
PO: Cada trabalho é um novo aprendizado. Eu sempre acabo trazendo um pouco da minha pesquisa da personagem para mim. É natural. Temos até algumas semelhanças, a Pat é uma mulher destemida, que não se paralisa com as dificuldades…. Eu me vejo um pouco nesse lugar também.
MC: Qual o seu personagem dos sonhos, algo que nunca fez e quer muito?
PO: Eu gosto de ser desafiada. Busco desafios no meu trabalho. Se eu entender que a personagem vai me tirar do lugar de conforto, eu fico mais empolgada ainda.
Tem muitas personagens que eu gostaria de fazer, mas não consigo dizer uma específica.
MC: Qual personagem seria o seu sonho em um remake e por quê?
P: Viúva Porcina, Tieta, Nazaré Tedesco, Odete Roitman… vilãs, faz muito tempo que não digo isso, mas são uma delícia de fazer. E as outras são mulheres vibrantes e intensas, à frente de seu tempo e que, já naquela época, faziam história.
MC: Você está lançando uma collab com as Pernambucanas. O que essa coleção representa para você? Participou das escolhas?
PO: Para mim, moda e atitude estão conectadas. Para esta coleção, eu quis dar às peças um toque de feminilidade, praticidade e conforto. São itens versáteis e que funcionam para diferentes personalidades e estilos. Eu e o time de estilo das Pernambucanas trabalhamos em conjunto para desenvolver peças que tivessem a ver comigo e que se coubesse também no cotidiano das brasileiras. Combinamos itens chave que eu gosto de usar com modelagens versáteis, que funcionam para diferentes corpos. São peças que servem do tamanho 36 ao 46.
MC: O que tem da Paolla nessa coleção?
PO: Modelagens confortáveis mas estilosas. A calça wide leg é uma das minhas modelagens favoritas, por isso fiz questão de termos um modelo na coleção. Também adoro peças únicas como macacões e vestidos. A paleta de cores também é destaque, porque há opções em tons mais sóbrios e em cores mais vibrantes. E mais do que tudo, quero que a consumidora se sinta acolhida e acredite numa moda possível, cuidada, pensada e ainda assim acessível.
MC: Qual o tipo de roupa que faz sua cabeça, o que te inspira?
PO: Acredito nesse conceito mais amplo e eclético, de que a moda tem a ver com expressão e com atitude. Gosto de me ver diferente, dependo da ocasião, do estado de espírito, do clima, de como estou me sentindo. Que bom que ter estilo ou estar na moda não é mais uma questão amarrada e com uma vertente única.
MC: Como você se relaciona com a moda? É mais sobre “manter o look” ou você prefere se sentir só confortável?
PO: “Manter o look” faz parte também, mas não sou do tipo que acredita que dá pra ser sempre assim. Demorei muito para entender que a moda podia se adaptar a mim, e não o contrário, tendo que me encaixar de qualquer maneira. Então agora seguro o look só se eu quiser. Se não, prefiro o estilo mais clássico ou dou prioridade ao conforto. Essa é minha personalidade, meu estilo.