Os resultados mostraram que, após uma única exposição de 20 minutos, de 20% a 30% das células morreram. Depois de três exposições consecutivas de 20 minutos, o índice de letalidade celular subiu para números que vão de 65% a 70%. Entre as células sobreviventes, algumas tiveram danos no material genético.
De acordo com reportagem do jornal The New York Times, os pesquisadores observaram padrões semelhantes aos de pessoas com melanoma, considerado o tipo de câncer de pele mais agressivo que existe, em razão do alto risco de se espalhar para tecidos e órgãos vizinhos.
“Nós vimos claramente que isso [a exposição à luz do equipamento] afeta de maneira negativa as células e danifica o DNA”, afirmou ao jornal The Washington Post Ludmil Alexandrov, cientista que liderou a pesquisa e professor associado de medicina celular e molecular na Universidade da Califórnia em San Diego.
No entanto, mesmo com essas evidências, Alexandrov afirmou não ser possível concluir, com base no estudo, que esses secadores aumentam a probabilidade de desenvolver câncer. Um levantamento epidemiológico de maior escala seria necessário para estabelecer uma relação de causa e efeito.
Em entrevista ao The New York Times, a dermatologista Chris Adigun, que não participou do experimento, explicou que as células em um laboratório são mais vulneráveis a danos do que aquelas da mão de uma pessoa, protegidas contra os fatores ambientais por uma espessa camada de pele repleta de células mortas. Por isso, para ela, não é possível quantificar o risco do uso do equipamento com base na pesquisa.
Como se proteger