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Josephine Baker é a inspiração de Maria Grazia Chiuri para a coleção de alta-costura da Christian Dior, que bebe do glamour dos anos 20, em um resgate à elegância tradicional como temos visto em outras passarelas da temporada.
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Dançarina e espiã norte-americana que encantou salões e lutou na Segunda Guerra, e também a primeira mulher negra a ser homenageada no Panteão de Paris, Baker se mudou para a capital francesa nos anos 20, onde foi consagrada como um ícone do glamour nos palcos – suas fotos em preto e branco são até hoje uma autobiografia do vestuário francês. Na passarela da Dior, canutilhos, cinturas baixas, seda, veludo e franjas ao melhor estilo flapper girl se contrastam com ternos e peças vindas do guarda-roupa masculino, como já é tradição nas coleções de Maria Grazia.
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O set design da apresentação fica por conta de Mickalene Thomas, com quem Chiuri já havia colaborado na coleção cruise apresentada no Marrocos, em 2020. A artista, que trabalha com pinturas e retratos, celebrou outras mulheres negras que romperam barreiras ao longo da história assim como Josephine, da atriz Diahann Carroll à cantora Nina Simone.
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Destaque também para a série de modelos brasileiras que cruzaram a passarela, como Rayssa Medeiros.
Christian Dior | Alta-costura | Verão 2023
